Inclusão escolar de alunos com deficiência intelectual e paralisia cerebral no Ensino Fundamental I

  • Denise Cristina da Costa França dos Santos Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Letras - UNESP
  • Relma Urel Carbone Carneiro Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Letras - UNESP
Palavras-chave: Inclusão Escolar, Deficiência Intelectual, Paralisia Cerebral, Ensino Fundamental I

Resumo

Diante de políticas educacionais que retratam a importância e a legitimidade da inclusão de alunos com deficiências no ensino comum, fizemos um estudo para verificar qual a visão de um professor do Ensino Fundamental I que tem em sua sala um aluno com deficiência intelectual e uma aluna com paralisia cerebral.  Para tanto, utilizamos uma pesquisa de abordagem qualitativa, para coleta de dados, utilizamos a entrevista semiestruturada. Nosso objetivo foi analisar quais concepções o professor tem de seu trabalho docente, da inclusão, do apoio da equipe gestora e do AEE, da aprendizagem dos alunos e seu contato com a família. Os resultados demonstraram que a matrícula na classe comum, muitas vezes significa uma inclusão para a socialização e que os aspectos cognitivos por vezes são deixados de lado.  A inclusão é possível, mas, diz respeito à capacidade da escola de redesenhar sua cultura organizacional como um todo, de modo a atender às especificidades de cada um dos educandos, propondo e executando estratégias em favor da formação integral deles.

Biografia do Autor

Denise Cristina da Costa França dos Santos, Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Letras - UNESP
Mestranda em Educação Escolar. UNESP – Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Letras – Pós-graduação em Educação Escolar. Araraquara – SP
Relma Urel Carbone Carneiro, Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Letras - UNESP
Docente do Departamento de Psicologia da Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar.  UNESP – Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Letras – Pós-graduação em Educação Escolar. Araraquara – SP

Referências

ARTIOLI, A. L. A integração do aluno deficiente na classe comum: o ponto de vista do professor. 1999. Dissertação (Mestrado em Educação), Universidade Estadual Paulista, Marília, 1999.

BALBONI, G.; PEDRABISSI, L. Attitudes of Italian teachers and parents toward school inclusion of students with mental retardation: the role of experience. Education and Training em Mental Retardation and Developmental Disabilities, v. 35, n. 2, p. 148-159, 2000.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal; Edições 70, LDA, 2009.

BRASIL, Ministério da Ação Social. Coordenadoria Nacional Para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: MAS/ CORDE, 1994.

BRASIL, Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. 2007. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf . Acesso em: 03 de Outubro de 2017.

BENDER, W. N.; SCOTT, K.; VAIL, C. O. Teachers’ attitudes toward increased mainstreaming: Implementing efective instruction for students with learning disabilities. Journal of Learning Disabilities, v. 28, p. 87-94, 1995.

CARVALHO, R.E. Educação Inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto Alegre: Mediação, 2004.

DALL’ACQUA, M. J. C.; VITALIANO, C. R. Algumas reflexões sobre o processo de inclusão dêem nosso contexto educacional. In: VITALIANO (org). Formação de professores para a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais. Londrina: EDUEL, 2010.

GLAT, R. (Org.) Educação Inclusiva: cultura e cotidiano escolar. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2007.

LUDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo, E.P.U., 1986. 99p.

MANTOAN, M.T,E. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? São Paulo: Moderna,2003. Coleção cotidiano escolar.

MINAYO, M. C. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, Vozes, 2002.

MITTLER, P. Working towards inclusion education: social contexts. London, David Fulton Publishers Ltd., 2000.

PADILHA, A. M. L. Possibilidades de histórias ao contrário: ou como desencaminhar o aluno da classe especial. São Paulo: Plexus, 1997.

PERRENOUD, P. Pedagogia diferenciada: das intenções à ação. Porto Alegre: ARTMED, 2000.

STAINBACK, S. B.; STAINBACK, W.C. Inclusão: um guia para educadores. Porto Alegre: Artmed, 1999. (129-141).

UNESCO- Organizações das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura. Declaração Mundial sobre Educação Para Todos (Conferência de Jomtien). Tailândia: Unesco, 1990. Disponível em: http://unesdoc.unesco.org/images/0008/000862/086291por.pdf. Acesso em 03 de Outubro de 2017.
Publicado
2021-05-02
Como Citar
DOS SANTOS, D. C.; CARNEIRO, R. Inclusão escolar de alunos com deficiência intelectual e paralisia cerebral no Ensino Fundamental I. Revista Científica do UBM, v. 19, n. 37, p. 170-184, 2 maio 2021.
Seção
Artigos

Artigos mais lidos do (s) mesmo (s) autor (es)